Primeiro almoço

E se mudassemos o nome de pequeno almoço para primeiro almoço? Não é por acaso que nutricionistas e médicos têm insistido nesse termo para realçar a importância desta refeição, que nada deve ter de pequena e que, na verdade, é mesmo a primeira.

Quem não conhece o ditado “tomar o pequeno almoço como um rei, almoçar como um príncipe e jantar como um pobre”? É a tal sabedoria popular que muito nos merece respeito.

Quando digo isto a alguém, inevitavelmente oiço como resposta “tem toda a lógica”! Pois, não é difícil perceber que, de noite, já quase não iremos gastar muita energia. O tempo que decorre entre a ultima refeição e o repouso é relativamente curto.

Se não é difícil perceber isto, então, também não deveria ser difícil entender que, é de manhã, quando estamos a começar o dia, que precisamos de estar na nossa “ máxima força”. Temos um dia inteiro pela frente! Necessitamos de vigor, de vitalidade! Ou não é verdade que quando "acordamos bem" o dia nos corre melhor?

Sendo assim, peço-vos que reflictam um pouco comigo sobre a lógica de sairmos de casa sem tomar o pequeno almoço (ou o primeiro almoço):

1. Para além do corpo necessitar urgentemente de alimentos, depois de estar várias horas em jejum, esta necessidade impede a concentração nas nossas actividades diárias, incapacitando não só o cérebro, como também o rendimento físico;
2. O facto de não tomarmos esta refeição vai inevitavelmente aumentar o nosso apetite ao longo do dia, levando-nos a não equilibrar correctamente nem a quantidade, nem a qualidade dos alimentos que ingerimos ao longo do dia;
3. Outra razão prende-se com aquele mau humor, má disposição, falta de paciência ou até mesmo aquelas dores de cabeça que somos atingidos regularmente quando não acordamos “como deve ser”;
4. Para não falar de uma maior propensão para acidentes de trabalho, viação ou domésticos, devido a fraquezas ou falta de reflexos;

Com todas estas razões, porquê então privarmo-nos desta refeição tão importante para o metabolismo e desempenho (escolar, profissional e/ou desportivo) de cada um de nós?

As desculpas que poderiam existir, tanto para a nossa falta de tempo como para a falta de apetite, hoje já não se justificam, na medida em que, existem no mercado uma grande diversidade de produtos alimentares fáceis de utilizar, de confecção rápida e leves de ingerir. E lembrem-se que, se cumprirmos a regra do ditado, ao jantarmos pouco, teremos mais apetite de manhã.

Um pequeno almoço saudável e equilibrado terá de fornecer:

• Hidratos de carbono: como o pão (de mistura ou integral) e flocos de cereais que são excelentes fontes de energia;
• Proteínas: encontram-se no leite, iogurtes, queijo fresco ou requeijão e ovos (para quem pratica desporto com regularidade);
• Minerais e vitaminas: existentes no leite e frutas (preferencialmente inteiras);
• Fibras: flocos de cereais, pão (mistura ou integral), frutas, casca de frutos frescos e oleaginosos;
• Gorduras: podem ser consumidas com moderação neste primeira refeição do dia, existentes na manteiga, azeite, queijo e fiambre.

Como grande adepta de chá não poderia deixar de falar deste alimento mágico. Um bom chá verde, preto ou até vermelho (para quem quer emagrecer) antes ou no final do pequeno almoço seria a “cereja em cima do bolo”. E naqueles dias de maior pressa levar uma caneca térmica com chá (ou café) no carro ou no metro ou até mesmo a pé, é super prático e sabe muito bem!

Finalmente o pequeno almoço deve ser tomado, se possível, à mesa e em família. Mas, se não conseguirmos de modo nenhum ter tempo para nos sentar e comer, deveríamos ter sempre à mão aqueles batidos em pó que é só juntar leite e teremos então uma deliciosa refeição completa e nutritiva (neste caso podem me consultar para vos indicar a melhor opção, pois deverá ser somente à base de produtos naturais biológicos).

Vale a pena vencermos a preguiça, que nada nos engrandece e levantarmo-nos da cama 5 minutos mais cedo. O corpo, a mente e até os que nos rodeiam agradecem!